Os corpos nos salões do mar aberto
Dançam tontos de luz a grande valsa,
As ondas são rincões se dom incerto,
Saias de espuma da manhã descalça.
O mundo é jovem migração de amor,
E a vida forasteira se agasalha
Nos braços da maré, bizarra flor,
Que sangra sol em gumes de navalha.
Um riso permanece entre o coral
E a sereia que é chama nos escolhos,
Momentos peregrinam litoral,
E os convites do mar cabem nos olhos.
Chegadas e partidas, doidas rondas!
Os corpos, os salões, a flor das ondas...