De que argila foste feito
Canto cântaro de amor?
Em que torno te tornaste
Dona e duna, chão e pluma!
Com que mármore marcaste
O perfil das alamedas?
Céu de selva onde caminho
Sem possíveis salvações!
Qual o sol por soletrar
Teus bizarros compromissos?
Ah! cilada tão silente ,
Tecla solta em cravo rubro!
Fiandeira onde me fio
Dedos-dédalos danando:
- Se sou chuva é porque morro,
Canto-cântaro de amor !