A alma das árvores
Habita o limiar de nossa irrealidade.
Dos dedos que tateiam
Rolam frutos do medo.
Somos seiva correndo
Em caules gigantescos,
E o nosso grito é raiz
Mergulhada no chão dos que adormeceram
Antes que fôssemos despertos.
Sorrimos,
E nossos dentes refletem
O sol que é sonhado
No corpo, onde as chaves criam mistérios