Morro com os dias
Cada noite é uma viagem
Pelo reino dos mortos,
Uma flor que se despetala
Em meus dedos exangues,
Uma vida que perco
Entre ângulos de fogo
Cada manhã guardo silêncio
Ante o que fui,
Descubro o sol pela primeira vez,
E deixo que a carne envolva
O mistério dos ossos,
E os ossos suportem meus caules brancos,
Botões de eternidade.