Não busco especiarias, sou apenas

Um corpo transformado na paisagem,

Barco de amor e morte, céu de penas,

Vôo tinto de rumos e ancoragem.

 

Se pastoreio estas contradições

Que são agora carne e pensamento,

É porque trago a note e seus violões

A percorrer os quarteirões do vento.

 

Dos passos estrangeiros crio o mapa

E a bússola escondida na lapela,

O resto é chuva desenhando a capa

 

Que jogo sobre o corpo da procela.

Não busco especiarias sou somente

A mesa posta e o convidado ausente.