Os dias mortos, sim, onde enterrá-los?
Que solo se abrirá para acolhê-los
Com seus pés indecisos, seus cabelos,
Seu galope de sôfregos cavalos!
Os dias mortos, sim, onde guardá-los?
Em que ossário reter seus pesadelos,
Seu tecido rompido de novelos,
Seus fios graves, relva além dos valos.
Tempo desintegrado, tempo solto,
Fátuo fogo de febre e de fuligem,
Canteiro de sereia em mar revolto.
Em nossa carne, sim, em nossos portos,
Quando o fim regressar à própria origem,
Repousarão também os dias mortos!