Terminada a cerimônia de entrega do Colar do Mérito Judiciário ao advogado José Martins Pinheiro Neto, levei o homenageado para conhecer o Museu do Tribunal de Justiça.
Diante do quadro que retrata o Conselheiro Duarte de Azevedo, com farda e condecorações do Império, evocamos seus laços de família com o poeta Alvares de Azevedo e a “Moreninha” inspiradora de Joaquim Manuel de Macedo.
Conversando com Pinheiro Neto falei de seu avô, o Professor Otávio Mendes, que numa cadeira de rodas continuou lecionando na Faculdade de Direito com a mesma fibra que o neto, também em cadeira de rodas, conduz o maior escritório de advocacia do Brasil.
E dentro do tecido de evocações, conversamos sobre o parentesco que ligava Otávio Mendes a Carlos Gomes de quem era sobrinho-neto, descendendo de Marciana, irmã do compositor de óperas notáveis, da modinha “Quem Sabe” e do “Hino Acadêmico”.
Ao som de lembranças musicais, falamos de sua turma de 38 que deu um Presidente do Tribunal de Justiça, o Desembargador Nelson Pinheiro Franco; um Governador do Estado, André Franco Montoro; um Presidente do Senado, Auro Soares de Moura Andrade e um Procurador Geral da Justiça, Virgilio Lopes da Silva.
Lembrei que o orador da turma foi o poeta Francisco Luis de Almeida Salles, meu amigo e companheiro de noitadas memoráveis no Clubinho dos Artistas.
Quando Pinheiro Neto se retirou em companhia da esposa, ficaram no ar os acordes do hino que seu parente Carlos Gomes dedicou à mocidade do Largo de São Francisco.