Antigamente certas redações eram verdadeiras escolas de jornalismo.
Que lições vivas foram ministradas por certos secretários. Conviver com Américo Bologna, Olímpio de Sá, Nabor Cayres de Brito e Hermínio Sarccheta, um dos privilégios de minha geração.
A Gazeta era uma verdadeira academia de letras, onde Correia Júnior, Judas Isgorogota, Gumercindo Fleury, José Silveira, Roberto Fontes Gomes, Erwin Theodor, Antonio Constantino gravitavam em torno das figuras de Pedro Monteleone e Miguel Arco e Flexa.
Na Gazeta Esportiva, Carlos Joel Nelli, carismaticamente transmitia à sua equipe um entusiasmo contagiante, que personifico na figura inesquecível de Helcio Carvalho de Castro, redator e professor da escola de jornalismo sonhada por Casper Líbero e inicialmente dirigida por figuras do quilate de Souza Filho, Luiz Silveira, José Pedro Galvão de Souza e Silveira Peixoto.
Na Rádio Gazeta comanda por Itá Ferraz, Fernandes Soares e eu apresentávamos a Hora do Livro.
Nos Diários Associados a personalidade fascinante de Assis Chateaubriand imprimia aos jornais, à TV Tupi e às Rádios a marca de sua genialidade, o timbre de figura saída de painel onde espadas renascentistas cruzavam com clavinotes bandoleiros.
Na TV Tupi Lima Duarte, Dionísio Azevedo, Macedo Neto e eu formávamos quarteto inseparável, oriundo de velhas madrugadas.
Na ocasião eu apresentava o Mappin Movietoni “o mais completo noticioso de televisão”. Anunciando os produtos do Mappin, Lolita Rodrigues brilhava com o mesmo charme com que apresentava com seu marido Airton Rodrigues “O Clube dos Artistas” e o “Almoço com as Estrelas”.
Posteriormente, o Mappin Movietoni passou para o canal 5, Organização Victor Costa, e futuramente Globo. Ali tive a alegria de conviver com Hebe Camargo, Xênia, Branca Ribeiro, Cacilda Lanuza, Yara Lins, Lurdes Rocha, Walter Foster e o Chacrinha.
Vida vertiginosamente vivida que me leva a registrar com a mesma paixão este correr de lembranças.